Sexta-feira, 17 de Maio de 2013

Pelos olhos dele(s)

A propósito do dia de hoje e respectiva lei-tema-do-dia, resolvi explicar ao Afonso o que tinha sido aprovado na Assembleia e perguntar-lhe a opinião:

 

- Sabes o Barney Stinson, o actor, mesmo, que é o Neil Patrick Harris, é gay e é casado com outro com outro homem, caro, e também tem dois filhos adoptados. Gémeos, acho".


Puro estado de choque.

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publicado por joao moreira de sá às 20:19
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Sábado, 22 de Dezembro de 2012

E acham mesmo que é assim que vão pôr os putos a ler ou isso são pastilhas que sobraram das raves da Braço de Prata?

 

"A história que ides ler passou-se há alguns milhares de anos" e foi adaptada há algumas décadas, ainda o vosso pai não era vivo, por isso, quando me vieres dizer que isto é uma seca, Afonso, escusas, eu sei!

 

 

 

Homero, adaptado por João de Barros (é que eu ainda pensei que pudesse não ser esse, o da Cartilha, pré-eu), com linguagem de padre - "ides"? para putos do 7º ano? que vivem dentro de PCs, smartphones, PS3s, 3D... "ides" fugir, por muito Clássico que seja Homero, 'idem' fugir, acreditem. E experimentem fumar menos disso e ter filhos.

 

publicado por joao moreira de sá às 11:00
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Terça-feira, 6 de Novembro de 2012

Do ler

Matilde, não vamos dizer às pessoas aquilo do teu 90 que a prof de português quase nunca dá num teste de interpretação, nem de ter sido a melhor nota, que sabes que isso nem a mim me interessa muito, tirando o prazer de ver o teu orgulho, mas se calhar temos que mencionar isso da nota para podermos explicar aquela parte em que mais contente do que com a nota, ficas, como eu fico, por teres sido a única a identificar aquela frase como metáfora.

A nota é só um número, pode variar por muitas coisas, o saber português é ali, naqueles detalhes.

E gosto, principalmente, que tenhas percebido que aprendeste isso por leres, livros. e por gostares.

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Sexta-feira, 29 de Junho de 2012

Os "perigos" da internet estão muito sobrevalorizados

Portanto, devo proteger os meus filhos de ver pornografia na net. Eles que vão para as playstations matar pessoas.
Eu posso não ser um pai convencional mas confesso que prefiro que eles vejam uma coisa que de certeza, em pouc... alguns anos (sejamos mais optimistas que realistas) vão fazer do que prepararem-se para fazer algo que eu espero muito sinceramente, nunca passe do mundo da ficção.
Claro que não defendo que crianças - os meus têm agora 12 a 10 anos - vejam pornografia. Mas eles usam o pc, o youtube, partilham links, sabem inglês, usam o google. Controlar impedindo é impossível. Controlar (por histórico de navegação, etc.) e usar as 'surpresas' encontradas para uma (ou várias) conversas construtivas, divertidas, sem lugar a sentimentos de culpa, deixando-os serem eles a explicar os porque procuraram, o que viram, o que perceberam, há dúvidas? e eles falam.
Ora, se não podes combater os teus inimigos, junta-te a eles, se não podes combater a pornografia na internet, faz dela uma aliada.
Entretanto, o tempo que se passou nesta casa a 'gozar' com eles sobre o que viram e posterior(es) conversa(s) tiveram o 'added-value' de incluir educação sexual, momentos de conversa igual para igual pais-filhos, quebrar tabus antes mesmo de existirem e, acima de tudo, tempo, tempo em que não estiveram a matar pessoas num ecrã.

publicado por joao moreira de sá às 11:00
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Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012

Estranhos dias

O Afonso ouve, aparentemente pela primeira vez, a expressão "tortura chinesa" e diz-me que aquele anúncio é "um bocado racista". Fila indiana não, porque conhece, mas acha estranho. Eu, acho estranho verificar os "danos colaterais" destes tempos do politicamente correcto. A mim o que não me soa bem é que a ele lhe soe estranho...

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publicado por joao moreira de sá às 09:51
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Quinta-feira, 17 de Novembro de 2011

E por falar em desenhos

Estes dois, os dois primeiros originais dele

 

 

 

Estão agora literalmente "em mim", tatuados, porque gosto (de tattoos e dos desenhos), porque no representam o Afonso e a Matilde, por serem dele. 

 

   

 

publicado por joao moreira de sá às 11:20
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Afonso, o desenhador

O vício dos desenhos continua, ainda bem, digo eu (mesmo que alguns sejam feito nas aulas... faz parte, acho eu, quem nunca que atire a primeira pedra).

São feitos à vista, sem batotas, alguns da cabeça dele (assinalados)

 

    

Original "da minha cabeça"

 

 

 

   

    

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publicado por joao moreira de sá às 09:18
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Quinta-feira, 29 de Setembro de 2011

Mas não pode ser o Harry Potter?

Templários já é fascínio que vem dos filmes, vício dele. Agora, não me lembro a propósito de quê, apareceu a alquimia. Ontem perguntou-me por livros. Por "azar" os interesses (que não são influência, digo com consciência limpa) coincidem e tenho.

Quis estes

 

 

Falta o "Siddhartha" ó inevitável do inevitável Hermann Hesse que levou para ler na viagem. E eu tenho que ir procurar o Código Da Vinci e lembrei-me agora, com que idade é que se lê, que eu li o Papillon, por exemplo? O "Siddhartha"não me lembro mas deve ter sido por aqui, 11-13. "A Terceira Visão" do Lobsang Rampa foi mais tarde, não sei onde está e não tenho a certeza se não sei ou não quero saber. Por ele. Ainda hoje não sei bem o que pensar... mas também não te quero censurar, combinamos assim, se um dia ouvires falar, o descobrires e mo pedires, eu procuro, ok? até lá, evitamos o Lobsang que é um bocado passado. Para isso lê a "Metamorfose" do Kafka ou "As Formigas" do Vian ou o "Stalker" dos irmãos Strugatsky e se decidires ir por aí tens acesso livre aos livrame (é folha a folha, lamento mas cá em casa é assim. E o pó limpas tu).

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publicado por joao moreira de sá às 10:30
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Segunda-feira, 5 de Setembro de 2011

Diálogos normalíssimos

- Pai.
- Diz filha
- Como é que se chama aquele peixe parecido com a manta?
- Cobertor.
- Pai...
- É a raia, miúda.

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Quarta-feira, 31 de Agosto de 2011

Se querem discutir, discutam arte! (são crianças, é fácil)

 
Em Barcelona, na Fundação Miró, antes da parte Miró propriamente dita há uma área de exposições temporárias onde estavam umas instalações. É verdade que a maior parte são só parvas, isto das "Instalações" é 90% intelectualismo barato armado ao pingarelho, mas há coisa giras.
Num espaço estava um chão de tijolos de barro pequenos - tipo tijoleira - que junto a nós, na "entrada" do espaço estava construído, depois daí para as paredes (fundo e lados) iam-se desfazendo, até serem só pó que subia pelas paredes, em marcas de mãos.
Os putos acharam aquilo tudo muito estúpido, aquela chamou-me a atenção e dei-lhes uma interpretação:
Tijolos inteiros são o "está tudo bem", que se está a desmoronar, como a sociedade, a progressão para o fundo da sala dos ladrilhos cada vez mais desfeitos até serem pó representam a degradação, que uma vez pó apenas, sobe pelas paredes - ergue-se até se fazer mão humana outra vez, uma nova civilização, uma nova forma de sociedade, que "do barro vens"... (gostei da ironia).
Expliquei mais ou menos assim, porque foi assim que interpretei e porque vi ali de facto esta alegoria/sátira à nossa sociedade mundial actual tal como eu a vejo, presente e futuro. Eles entenderam que era válida a minha interpretação, discutiram, argumentaram e acabei por ter que ver todas as instalações, que eles foram interpretando para as suas realidades.
"As crianças não ligm a museus"... pois não, se for só para ver eu também acho um pincel!
publicado por joao moreira de sá às 10:50
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Sexta-feira, 19 de Agosto de 2011

Agora é isto

Bonecas de trapos serão mas... ocupam camas, chão... (na primeira foto o pézinho da autora Matilde dá uma ideia do tamanho destas bonecas...)

 

   

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publicado por joao moreira de sá às 09:15
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Quarta-feira, 15 de Junho de 2011

A "estória" por trás das edições dos livros de contos escritos pelos alunos do 4º ano do colégio Beiral

Esta escola é algo especial. Onde as escolas "normais" têm recreios assépticos de borracha, esta é em Monsanto, num palácio do Séc. XVIII, o "recreio" são os jardins, o chão, terra como antigamente, os "aparelhos de trepar" ainda em ferro... só mesmo conhecendo. Todo o conceito de ensino é também diferente, não há notas, há arte, há horta e animais de criação. Por tudo isto escolhemos o Beiral para a primária dos nossos filhos, que por terem 16 meses de diferença terminaram o 4º ano em 2010 o Afonso e agora em 2011 a Matilde.


A título de curiosidade, há dias chego ao Beiral para ir buscar a Matilde e estava ela à conversa com a Manuela Azevedo dos Clã. O clip de "Embeiçados" foi filmado lá e tinham lá ido tocar um mini-concerto acústico. Claro que agora tenho em casa um super-fã dos Clã, o que me parece muito bem.

No 4º ano têm uma série de actividades de finalistas - uma peça de teatro para os pais, uma viagem de finalistas de 2 dias na Serra da Lousã, um baile de gala, um jantar de gala, uma quantidade de iniciativas e actividades nas quais veio a encaixar este projecto dos livros.

A professora do Afonso, que acabou o 4º ano em 2010, costuma convidar os pais dos alunos dela a irem falar à turma sobre as suas actividades profissionais. Ora, como é muito difícil explicar a crianças de 9-10 anos o que é a minha profissão, que eu próprio não consigo definir melhor que "escrevinhador" porque escritor não sou mas a minha vida é feita a escrever, pensei em mostrar como se faz um livro e usar a edição online como exemplo.

Como precisava de "material" para simular a edição de um livro, pedi à professora Mafalda que me enviasse algumas composições/contos dos alunos para fazer essa simulação e daí nasceu a ideia de lançar o desafio de cada um escrever dois contos para editarem o seu próprio livro. Assim nasceu o ano passado o livro “As Nossas Histórias”que não tem qualquer objectivo comercial (é vendido a preço de custo e disponibilizado para download gratuito como e-book), foi pensado para desenvolver o gosto pela leitura e, tanto quanto possível, deixar o "bichinho" do orgulho de ter um livro editado, quem sabe uma semente para o futuro. A reacção das crianças foi incrível.

 



Claro que este ano, a Matilde, sendo finalista, quis o mesmo "tratamento" do irmão e eu com prazer propus ao professor dela repetir o projecto, sendo que este ano se alargou às duas turmas do 4º ano, num total de 34 alunos. O livro já editado foi ontem apresentado aos autores, o “Contos Finais”.

 



Dá trabalho, reunir, corrigir, editar, formatar, publicar nem tanto (tirando a capa, onde tenho que recorrer ao melhor que o improviso me permite) mas só o prazer de ouvir uns "não sabia que era tão fácil, vou escrever um livro só meu nas férias" ou "quando for grande quero ser escritora" ou esta que adorei "pensava que ser escritor fosse muito chato mas afinal parece ser muito bom" mais que compensa o trabalho que dá e mais que desse.

O facto de ser uma escola com características especiais permitiu que estes projectos se concretizassem e para 2012, já sem filhos no Beiral, ficou já ontem falada a hipótese de se dar continuidade a esta iniciativa. Pessoalmente gostava e havendo esta vontade mútua, é bem provável que em junho de 2012 tenhamos um terceiro volume destes contos infantis destes mini-grandes-autores.

Um agradecimento especial à Bubok que desempenhou um papel fundamental neste projecto.

 

publicado por joao moreira de sá às 18:25
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Sexta-feira, 29 de Abril de 2011

O desenho tornou-se vício

 

Passou aos "Narutos" em A4 "a olho"

 

depois os "da minha cabeça"

 

 

 

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publicado por joao moreira de sá às 10:02
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Terça-feira, 26 de Abril de 2011

Animais!

 

Zoo de Lagos. Recomenda-se. Nem um jaula, uma grade (excepto passarada, por motivos óbvios), bem cuidado, pessoal simpático, calmo. (É verdade que num mundo ideal não haveria animais em zoológicos, mas também não haveria pobreza, fome...).

 

publicado por joao moreira de sá às 09:39
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Sexta-feira, 15 de Abril de 2011

Recado a Nuno Markl

Ris-te? Ri-te agora na tua inocência de pai, meu amigo Nuno Markl. Chorarás, como eu chorei quando espetaram comigo numa coisa que dizem ser divertida porque é "aqua" e é "parque" e é no ALLgarve (ainda se fosse num sítio com praia...), e porque se escorrega, a cai, violentamente, e dói, aleija, magoa. E há gente. Aos milhares, Vi formigas com inveja. E espera-se. Ao sol. Na fila. Para subir. Ao Super-Mega-Hiper-Kebra-Kostas-Kamikaze-Deaa-Crazy-Ride-From-Hell.
Porquê?
Porque queremos?
Não.
Gostamos de ali estar?
Não.
Vamos magoar-nos na queda (qual "descer" ou "deslizar")?
Sim.
Porquê então?
Porque "crianças com menos de 1 metro e qualquer coisa que é sempre uns centímetros mais do que os nossos têm, só acompanhadas por um adulto". Mas aquilo não foi feito para um adulto, sobretudo um que quer estar sossegadinho sem se magoar e até gosta de água e banho sim, mas na praia!
Pois.

Só com um adulto.
Que somos nós. Hoje eu, amanhã tu.
Mas isto sou eu, que adoro parques aquáticos...

 

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Quarta-feira, 6 de Abril de 2011

Poesia tradicional portuguesa ou uma coisa há muito prometida

(Tinha parte destas quadras na cabeça, eles já não se lembravam e tinha ficado de procurar. Descubro versões muito deturpadas do que conheço, o que é natural nestas quadras da tradição oral portuguesa. Escolhi pois a versão que me pareceu mais próxima ao que eu conhecia. Seja como for, servem o propósito, eles riram, adoraram e, receio, vou ter que imprimir para amanhã circular por escolas... depois eu é que fico com fama de pai... enfim, cada um sabe de si :)

 

O CUME

No cume daquela serra
Plantei uma roseira
A rosa no cume cresce
A rosa no cume cheira

Quando cai a chuva grossa
A água o cume desce
O orvalho no cume brilha
O mato no cume cresce

Mas logo que a chuva cessa
Ao cume volta a alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no cume ardia

E quando chega o Verão
E tudo no cume seca
O vento o cume limpa
E o cume fica careca
 
Ao subir a linda serra
Vê-se o cume aparecendo
Mas começando a descer
O cume se vai escondendo

Quando cai a chuva fria
Salpicos no cume caiem
Abelhas no cume picam
Lagartos do cume saem

E à hora crepuscular
Tudo no cume escurece
Pirilampos no Cume brilham
E a lua no cume aparece

E quando vem o Inverno
A neve no cume cai
O cume fica tapado
E ninguém ao cume vai

Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o Verão
O gelo do cume derrete
E todos ao cume vão

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Segunda-feira, 21 de Março de 2011

Inauguração oficial da época balnear

 

 

 

 

publicado por joao moreira de sá às 09:09
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Terça-feira, 15 de Março de 2011

E de repente "decidiram" desatar a fazer disto

 

Puseram-se a desenhar e não mais pararam... e eu mostro, claro.

 

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Os dele

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Os dela

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.Quem?

Arcebispo de Cantuaria Uma mente delirante e não muito normal encerrada num corpo com 40 anos (embora um teste da Sábado diga que na realidade tenho 47). Presentemente desempregado mas com boas perspectivas de conseguir vir a trabalhar num call-center. Escrevo porque não gosto lá muito de falar e como irresponsável que sou, acredito que um dia ainda irei conseguir ser pago para escrever. jmoreiradesa@gmail.com

.A razão porque este belogue existe

Podia ser (mais) culto, ler e reler os clássicos da literatura, devorar ensaios, ler diariamente os jornais nacionais e alguns estrangeiros, assinar as revistas de referência mas diversas áreas do saber. Podia, e gostava, mas era preciso que estivessem reunidas duas condições, ter dinheiro para tal e acima de tudo, não ter filhos de tenras idades. Mas enquanto cada hora dedicada a ler a opinião dos cultos deste mundo sobre as suas (poucas) graças e (muitas) desgraças - do mundo e às vezes dos próprios - representar uma hora a menos de brincadeira, receio que vou continuar a optar por ser culto lá mais para o fim da vida, se lá chegar.






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